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ToggleErva, verdinha, baguio, bagulho, beck, lombra, planta do diabo, biricutico, marola e cangonha são alguns dos milhares de apelidos que a maconha ou cannabis tem só no Brasil, posto isso a erva que tem sido destaque em diversos canais, inclusive o Netflix, está no auge de sua popularidade, mas você sabe os efeitos colaterais da maconha no organismo?
Estamos vivendo na melhor era que existe, a do conhecimento e da informação. Temos acesso a tudo, basta um celular na mão e uma aba escrito “pesquisar” que é só colocar o que temos interesse e buscar pelo que nos interessa. Filtrar a fonte e como o dito popular diz, “já era”.
Além disso, com o avanço da tecnologia na área da medicina e pesquisa científica, mais se conhece sobre o assunto e ao mesmo tempo mais investimento das grandes farmacêuticas em desenvolvimento de medicamentos especializados para o tratamento de doenças.
Assim como o álcool, é exemplificado que a cannabis está em contato com nossa linhagem há muitos anos, desde os seus primeiros relatos na China antiga, no ano de 2737 a.C, quando chá da planta tinha como principal objetivo o tratamento da gota, reumatismo e malária.
Na Grécia também foi utilizada por médicos como Pedânio Dioscórides, onde utilizava da maconha medicinal como recurso terapêutico para dores nas articulações e inflamações, além disso o autor foi considerado posteriormente o pai da farmacologia por justamente trabalhar com ervas medicinais.
O ano de 1889, mais de um milênio depois de Pedânio, um artigo publicado pela PhD E.A Birch a revista The Lancet, uma das mais renomadas revistas médicas no mundo todo, concebeu a aplicação de Cannabis Sativa L. como indicação de recurso terapêutico para pessoas que eram dependentes de opióides. Sendo assim a erva agiu como agente redutor no desejo de consumo de ópio como um antiemético, desta forma foi adotada como medicamento nos EUA e Europa.
Como podemos ver a maconha não é coisa de moda atual, ou moderninha, ela já está presente na nossa sociedade há um tempo e desta maneira, é imprescindível que nós, aproveitando questões relacionadas à dependência e comorbidades pertinentes à esse tipo de droga, possamos aprender um pouco mais sobre o narcótico.
A maconha é uma substância muito mais perigosa do que se imagina
Apesar de ser usada medicinalmente ao longo dos anos, e consumida hoje de maneira compulsiva ao ponto de se tornar dependente químico, a maconha é uma substância muito mais perigosa do que se imagina. De acordo com as Nações Unidas, em média 158,8 milhões de pessoas no mundo fazem o consumo da maconha, ou seja, em torno de 3,8% da população mundial, isso segundo a publicação da Fundação para um Mundo sem Drogas.
Ao mesmo tempo que o álcool é uma substância psicoativa lícita que traz prejuízos à saúde de maneira a fazer com que os órgãos de saúde pública no Brasil tragam a preocupação com o alcoolismo, é interessante ressaltar que a cannabis por aqui é ilícita, gera dependência, e ao mesmo tempo os efeitos colaterais da maconha são prejudiciais ao organismo e principalmente ao cérebro de quem recorre ao uso de maneira compulsiva e obsessiva.
Deste modo, vamos dividir os prejuízos em duas etapas, durante o uso e pós uso, justamente para demonstrar a periculosidade da droga e ao mesmo tempo os efeitos colaterais da maconha no organismo como um todo.
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Sensação durante o uso
Durante a utilização da maconha, já que normalmente é fumada, seja em forma de cigarro de maconha ou em arguile. Ao longo das tragadas há uma diminuição da atividade motora, se movimentando cada vez menos o indivíduo vai relaxando ao ponto de dormir. Mesmo que o THC incite a excitação e a euforia, muitos após a utilização da substância, muitos tendem a relaxar e dormir.
Frequência cardíaca baixa, diminuição da temperatura corpórea, aumento do apetite, alterações de humor – especialmente com sentido bidirecional já que em quadros de muita ansiedade a maconha pode a utilização da maconha pode gerar uma tristeza profunda ao invés de alegria e energia positiva – do usuário, psicose, tosse, vontade de vomitar.
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Sensação Pós uso
A sensação pós uso de pessoas que fizeram um consumo de maconha varia muito, entretanto conforme mais assíduo é a proximidade entre usuário e a droga mais intenso são os sintomas do pós uso. Sendo assim, sintomas como ansiedade, depressão, psicose crônica (auditiva e visual), desenvolvimento precoce de esquizofrenia patológica, dependência química, problemas respiratórios, câncer, demência, problemas de memória.
A maconha é uma substância muito mais perigosa do que se imagina, e as pessoas não dão a devida importância à essa questão, entretanto os efeitos colaterais da maconha são muito mais nocivos ainda, e a descriminalização da venda, porte e consumo da substância é algo que se deve pensar à longo prazo, especialmente quando o assunto é as consequências que podem intervir nesse meio termo.
Saúde pública e os efeitos colaterais da maconha
Assim como hoje pagamos o preço das propagandas massificadas de cigarro e álcool na TV e rádio da década de 60, concomitantemente é de se repensar e pensar sobre questões pertinentes à maconha, se hoje sabemos que o câncer de pulmão é um dos maiores resultados do cigarro e que mais dá gasto para a saúde pública, que resultados positivos garantiriam liberar a erva à nível nacional? Como fica a questão de saúde pública e os efeitos colaterais da maconha?
Conforme anteriormente declinado, a tecnologia é uma aliada do homem, estamos cada vez mais evoluindo ao ponto de explorarmos as minúcias do nosso organismo e estamos mais aptos e adaptados ao conhecimento ao nosso redor e as substâncias que interagimos, entretanto, é interessante ressaltar que a saúde pública e os efeitos colaterais da maconha, ainda é uma questão muito peculiar e delicada de se trabalhar.
As drogas como a maconha, que perturbam o organismo e distorcem espaço e tempo, fazem com que indivíduos percam a noção de muita coisa, e mesmo tendo um baixo teor de dependência, tem em seu pós uso um preço caro para podermos afirmar que deve ser liberada. Por fim, antes mesmos de ressaltarmos a questão legal, deve-se levar em consideração o quesito saúde mental e o quanto a substância atua nesta questão.