Tratando a dependência de Drogas com Drogas

Tratando a dependência de Drogas com Drogas

Para continuar tratando a dependência de drogas com drogas é importante salientar que, o tratamento medicamentoso é de extrema importância em pacientes que estão começando a adentrar em recuperação. Sendo assim, antes mesmo de falarmos de medicamentos, necessita-se entender um pouco de fases de abstinência de substâncias.

Apesar da dependência química ser uma doença de cunho psiquiátrico, caracterizada por ser um transtorno mental, e ser generalizada em partes no tratamento, cada indivíduo é único e passa por diferentes fases até adentrar no procedimento de recuperação.

Droga de escolha, intensidade de uso, incidência em processos de recaída, comportamento adictivo e comorbidades são variáveis que estão ligadas à como uma pessoa enfrenta a vida de dependente químico.

Entretanto, todas essas variáveis influenciam na intensidade da doença, se ela avança ou não. Porém o final é certo e todos nós já sabemos, os CCC ‘s (Clínicas – Cadeias – Caixão).

Entretanto ao aceitar o procedimento de internação ou de recuperação, o dependente químico, sem a substância ou droga de escolha, começa a sentir os efeitos da falta da mesma no organismo, tal período caracteriza-se pela fase de abstinência ou desintoxicação.

Por sorte, as clínicas de recuperação tem uma “bengala” para ajudar o dependente químico, agora paciente, a se apoiar. Consiste em ir tratando a dependência de drogas com drogas, só que neste caso, as drogas são medicamentos. É abordado dessa maneira, que ajuda o dependente químico a sentir com menos intensidade a dor da abstinência.

Como o cérebro é programado para guardar o que é ruim e lembrar do que é bom, tornar o procedimento de recuperação o menos doloroso possível é interessante, já que há uma tendência de associação, que a recuperação é algo bom.

Drogas e Medicamentos

Apesar dos medicamentos também serem precursores e causadores de processos de dependência, e em alguns casos, processos adictivos severos, eles foram criados com um intuito, tratar de sintomas e de doenças. Os medicamentos surgiram com a intenção de prolongar nossa vida e fazer com que ela seja vivida sem “problemas”.

Se alguém que tem pressão alta e é suscetível a desenvolver hipertensão, fica sujeito a ter um infarto. Então os medicamentos que auxiliam as pessoas a evitarem esse processo, como os anti-hipertensivos, fazem com que o indivíduo que tem dificuldade de eliminar o sal do organismo, consiga eliminar mais do que sua capacidade, e como resultado abaixando a pressão.

Com a dependência química é a mesma coisa. Como o próprio nome diz, esse tipo de dependência está em um estímulo químico externo, lícito ou não, mas que aumenta ou diminui as sinapses dos neurotransmissores.

Os medicamentos psicotrópicos, que auxiliam no tratamento de dependentes químicos, também são drogas em que atuam em determinadas variáveis do cérebro.

Seja na parte frontal (córtex pré-frontal), ou no Sistema Nervoso Central. Tudo depende dos tipos de medicamentos usados, segue aqui uma lista sucinta de medicamentos de apoio a dependentes químicos, sendo assim a maioria desses medicamentos é considerado benzodiazepínicos, geram dependência mas ajudam na drogadicção.

         

ALPRAZOLAM

   

NITRAZEPAM

 

BROMAZEPAM

   

OXAZOLAM

 

CLONAZEPAM

   

PINAZEPAM

 

DIAZEPAM

   

ZOLPIDEM

 

FENOBARBITAL

   

TOPIRAMATO

 

LOPRAZOLAM

   

QUETIAPINA

 

LORAZEPAM

   

TEGRETOL

 

Processos de Abstinência

Quando a droga sai, o cérebro pede. E faz isso com uma intensidade gritante. Ele faz com que a pessoa sinta desconforto, impaciência, depressão, tristeza, inabilidade de pensar, incapacidade de raciocínio lógico, irritação, e em casos extremos febres e dores musculares. Porém todo esse processo depende muito das drogas de escolha.

Contudo, para auxiliar dependentes químicos dentro das instituições a vencerem inicialmente esse processo de abstinência da droga, se faz o tratamento da dependência de drogas com drogas medicamentosas psicotrópicas.

Sendo assim, fica mais fácil de aceitar o tratamento e levá-lo de uma maneira mais leve, contudo os psicotrópicos se tornam valiosos no tratamento de dependentes agudos de crack e cocaína, e que passaram por procedimentos de internação involuntários. Até a adesão do tratamento, eles podem passar por períodos de abstinência de uma forma mais branda.

Vício medicamentoso

Como nem tudo são flores nessa vida, e como citado anteriormente que os medicamentos podem sim, em alguns casos gerar dependência, o acompanhamento médico se faz necessário no tratamento da drogadicção, principalmente quando se está em recuperação.

Alguns dependentes químicos que estão à meses limpos, tendem na fase de desmame medicamentoso recair na substância de escolha, pois justamente não souberam lidar com o processo de abstinência do medicamento. Por isso que as clínicas de recuperação pedem às famílias que o paciente permaneça durante uma estadia entre no mínimo de 6 à 12 meses.

É justamente o que o Grupo Reabilitação faz. Dependendo da droga de escolha, nós realizamos o tratamento de recuperação com apoio medicamentoso, e ao longo da recuperação, é observado com apoio médico, a necessidade ou não da retirada de alguns medicamentos. Mas isso depende de variáveis importantes e principalmente do médico psiquiatra.

Limpo do Zero

Quando falamos da necessidade de ir tratando a dependência de drogas com outras drogas e sabemos que os medicamentos também geram dependência, como faz pra ficar limpo em dobro? Ou seja, ficar limpo da substância e do medicamento?

É exatamente aí que está uma questão trivial. Anteriormente declinado, percebe-se que há um procedimento de substituição, entre a droga que faz muito mal ao organismo, para uma que é mais branda e legalizada (medicamento) e que serve de apoio para tratar o sintoma da abstinência.

Entretanto, para se ver livre de medicamentos psicotrópicos, envolve variáveis importantes, e mais que isso, uma questão médica legal. Não é apenas sentir vontade de parar de tomar os medicamentos e boa. Tudo tem um preço! Se os medicamentos também agem em determinadas partes do cérebro, como no sistema de recompensa, eles também vão cobrar seu preço.

Por isso, deve-se criar um conjunto de práticas para estimular a área que o medicamento atua, e dessa forma, ir realizando o “desmame” medicamentoso. Só assim o paciente fica tecnicamente “limpo do zero”. Mas vale ressaltar que, é um procedimento que envolve diversas variáveis, e que torna a pessoa sujeitas à processos de recaídas na substância, e caso isso ocorra, ao invés de limpo, o indivíduo volta à estaca zero.

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