Ouvir falar sobre dependência química, muitas pessoas já ouviram, mas ainda há dúvidas sobre como adequar os tratamentos para dependência química. Apesar de ser algo muito conhecido socialmente justamente pelos estragos que já se está acostumado a ouvir falar sobre. Porém, é de pouco conhecimento de como ser assertivo na questão do tratamento da doença da adicção onde hábitos de compulsão e obsessão servem de base para apoio na substância.
Assertividade
A questão da assertividade para os tratamentos para dependência química é simplesmente a chave do sucesso na recuperação. Ela não garante recaídas, mas realmente tratar adequadamente pessoas que sofrem da dependência química dentro do quadro específico. Seja envolvendo questões de internação ou não, ou até mesmo o cruzamento de medicamentos com mudança de práticas habituais antigas relacionadas ao uso, fora das instituições. Generalizar a doença da dependência química- comportamento adictivo – pode ser até importante para o diagnóstico mas os indivíduos sofrem desse mal, são diferentes.
Por isso, deve-se atentar que, ao receber o diagnóstico de a adicção em substâncias químicas – lícitas ou ilícitas – necessita-se que a família esteja alinhada na questão da recuperação juntamente com os profissionais da saúde. Para então criarem um plano de recuperação ao dependente. Esse plano, pode envolver procedimentos que podem ou não necessitar de internação. Por mais difícil que seja aceitar ter uma doença que é incurável, progressiva e fatal, não se pode negligenciar o tratamento.
Acompanhamento e Hábitos
Não adianta querer ter as mesmas atitudes e formas de pensar esperando ter resultados diferentes. Mais que uma mudança de hábitos para com a recuperação, tem de se ter uma mudança da forma de pensar e posteriormente, de atitudes. Tarefas que anteriormente eram simples, hoje pode estar ligadas à questão de recaída, e consequentemente, uso. Como por exemplo, pagar uma conta em um banco. O ato de estar com dinheiro, pode ser o gatilho inicial para dias e dias de uso na rua.
Por isso que pessoas que se dispõe a realizar o tratamento da dependência química sem passarem pelo processo de internação, devem ter a atenção redobrada. Ainda mais no período de desintoxicação. Período em que o cérebro solicitará o recurso externo – substância – de costume, para ativar os recursos de dopamina – prazer – localizados no sistema de recompensa do cérebro.
Hábitos como ir à médicos e psicólogos ajuda em muito, principalmente no início. Realizar um tratamento medicamentoso é importante para aliviar a sensação de desconforto aliada ao processo de desintoxicação, por isso recorrer à médico psiquiatras para que sejam administrados medicamentos que amenizem esse processo. Psicólogos também são essenciais para que ajudar na descarga de estresse e na reformulação inicial do modo de pensar. Tal modo para que justamente acarrete futuramente em práticas positivas relacionadas.
Caminhos diferentes para uma mesma Questão
Ocorre exatamente da mesma forma, mas por mais que seja “aparentemente” um recurso desgastante, na internação em hospitais e CT’s Fechadas – Comunidades Terapêuticas – se está protegido e amparado. Não só se está protegido por muros e limites, mas sim amparado 24hrs por profissionais e equipe de monitoria da instituição. Sendo assim, os desafios são diferentes e exigem mais que mudanças de hábitos e pensamentos, mas de total entrega à questão de recuperação.
Sendo assim, tanto no amparado em um local fechado com uma equipe técnica de apoio, mas só. Quanto livremente exposto e junto aos familiares à questão dos tratamentos para dependência química envolve a mesma causa. A recuperação. Não importa o caminho, não importa a causa. Nem as forças envolvidas. Mas sim o foco. É esse a força motriz da recuperação, é nele que se direciona o pensar e consequentemente o agir.
Autor: Renan Rugolo Ré