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ToggleAtualmente existem diversos estudos falando sobre a dependência química, entretanto você sabia que o organismo só sofre porque é o cérebro viciado? O que o organismo sente são apenas os comandos que o cérebro dá enquanto faz os próprios processos químicos.
O organismo é um conjunto de fatores, um montante de engrenagens que está lá, trabalhando 24 horas por dia, sem parar até nós perecemos. Sendo assim, quanto mais saudável tanto a nossa mente quanto o nosso corpo, mais esses processos químicos fluem e menos problemas apresentamos em nosso cotidiano.
Entretanto, existe um conjunto de fatores externos que alteram os processos químicos corporais como por exemplo atividade física, leitura, sensação de bem-estar, alimentação e etc. Enfim, nosso corpo está ligado ao ambiente e através dele, como resultado adaptamos nosso corpo e mente.
Porém, infelizmente no mundo em que vivemos atualmente é cada vez mais comum que pessoas adoeçam mentalmente devido a quantidade de problemas sociais.
Estudamos, trabalhamos, gastamos, guardamos, casamos, compramos casa, temos filhos, adquirimos um veículo, e trabalhamos mais a cada dia. Até que enfim, após décadas trabalhando, podemos descansar.
Apesar de parecer algo normal, justamente porque estamos acostumados atualmente com esse ciclo, para o cérebro é extremamente cansativo pois o mesmo fora moldado nos primórdios do processo evolutivo em época de miséria. E apesar de milhares de anos se passarem, até os dias atuais, carregamos tal molde em nossa carga genética.
Como forma de escape desse processo rotineiro e cansativo atual, existem ferramentas que ajudam pessoas a relaxarem, mas nem todas essas ferramentas fazem bem ao organismo. As substâncias psicoativas têm o poder de alterar os processos químicos no cérebro. Distorcendo a realidade e a perturbado, acelerando ou deprimindo o corpo dependendo da substância.
Com o estímulo externo constante, o cérebro começa a se ativar o modo de adaptação, e através disso, torna o hábito de consumir a substância – independentemente da licitude da mesma – algo rotineiro e comum. Sendo assim, mesmo que a substância faça mal, mas que traga sensação de prazer, o cérebro viciado fará com que o organismo, através de sinais, peça tal composto.
Manda quem pode, obedece quem tem juízo
Se comprarmos o nosso corpo em relação a um computador, percebemos que há muitas semelhanças. Quando você compra um computador existem um conjunto de peças lá dentro que fazem com que o mesmo tenha todos os processos funcionando.
Você não pode comprar apenas memória e processador se não tiver a placa mãe para encaixar. Ou ao mesmo tempo, não adianta ter todos os componentes sem um processador para administrá-los. E é exatamente aí que nosso cérebro se encaixa. Ele é como se fosse um processador. É nele que todos os processos químicos do organismo são administrados de forma involuntária e voluntária.
Entretanto, como comandante da nossa máquina humana, ele também é composto de uma rede neural e que trabalha com todas as sinapses. Porém há como através de estímulos externos aumentar ou diminuir os receptores dessa rede. No caso da dependência química e drogadicção, enganar o cérebro com substâncias químicas que liberam prazer, que aceleram, perturbem ou deprimem o organismo é extremamente perigoso.
Sua capacidade de adaptação é altamente eficaz e ele, ao receber o estímulo externo vai se acostumando com aquilo e moldando os processos químicos do organismo. Concomitante, em seu processo evolutivo, o cérebro é programado para guardar o que é bom e esquecer o que é ruim. Ou seja, por mais que o consumo do narcótico traga prejuízos, o cérebro vai pedir.
Um cérebro viciado solicita a substância através de sensações desconfortáveis como mal estar, depressão, isolamento, falta de perspectiva entre outros. “Manda quem pode e obedece quem tem juízo” então na falta da substância ele faz com que o seu corpo, em crise de abstinência, recorra ao consumo da mesma, independentemente dos prejuízos iminentes.
Narcóticos e o Cérebro
Como existem diversas drogas disponíveis no mercado, e como citado em nossos artigos no Grupo Reabilitação BLOG, cada tipo de composto pode deixar o cérebro viciado em diferentes formas. Dependendo do tipo da atuação em determinada parte do cérebro, o mesmo pode acelerar ainda mais o processo evolutivo da adicção em substâncias.
Um grande exemplo disso são as drogas estimulantes que atuam no córtex pré-frontal do cérebro. Tais substâncias são capazes de estimular a produção dos receptores de dopamina, serotonina e adrenalina de maneira que a sensação de prazer é inimaginável. São elas a cocaína, anfetamina, nicotina e por fim e mais potente, o crack.
Sendo assim, o cérebro viciado vive de desejos e mais desejos. Independentemente se há trabalho ou estudo, ele vai lembrar que o seu corpo quer a substância. É como um casamento “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença” ele vai dar o estímulo para que seu corpo sinta falta e recorra a substância.
Intervenção e Pedido de Ajuda
Uma pessoa ao se tornar dependente químico, reprograma o cérebro de maneira negativa. Ela o inunda de estímulos externos e faz com que ele realize todos os processos químicos que resultam em sensação de conforto, bem estar e prazer.
Entretanto, o cérebro viciado e adoecido padece o corpo também. A necessidade da substância psicoativa se torna tão grande que gera uma dependência inimaginável. Posto isso, instalada a dependência química a doença evolui e pode ser letal.
Por isso a necessidade de intervenção e de tratamento. Recorrer a um profissional da saúde é extremamente importante quando se trata de dar o pontapé inicial do tratamento. Além do mais, ao realizar isso, inconscientemente o indivíduo realiza o primeiro passo, que é admitir que a substância o controla e que há uma real necessidade de sair da zona de conforto.
Sendo assim, se você é um familiar de um dependente químico, recorra a um profissional da saúde ou procure um CAPS para poder buscar conhecimento. Desta forma realize uma intervenção com o familiar e procure nossas dependências através da nossa página no site Grupo Reabilitação.
E se você é dependente químico, avalie como sua vida está no momento e qual é a perspectiva de futuro que você tem com a substância. Converse com alguém e tome uma atitude para com você mesmo.