Antes mesmo de adentrar na questão de clínicas de recuperação em São Paulo, vale ressaltar que apesar de não ser o maior estado em extensão territorial, é o estado mais rico. Com maior número de empresas e comércios, com maior contingente populacional e como consequência com muitos problemas sociais. O nicho populacional de pessoas que estão se envolvendo com questões relacionadas ao uso de substâncias psicoativas está aumentando progressivamente. Concomitantemente e beneficamente o número de instituições que dão tratamento e suporte à essas pessoas, também. (Dados segundo Pesquisa e Saúde do Governo do Estado de São Paulo)
Não se é de de admirar essa estatística, justamente porque o Estado de São Paulo abriga um contingente demográfico expressivo. São em média 44,6 milhões de pessoas, é mais que a somatória dos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, sendo assim a população do estado é tão representativa que é superior a somatória das regiões Sul, Norte e Centro Oeste do país.
São Paulo e a Dependência Química
Não é de se admirar que representativamente existam mais clínicas de recuperação em São Paulo comparada à outras regiões do Brasil, justamente para atender a demanda dessa grande concentração populacional. Isso fomenta a ideia de que quando há uma grande diversidade de serviços disponíveis, principalmente quando se trata de prover tratamento para pessoas que sofrem de doenças comportamentais e transtornos, a concorrência se torna acirrada.
Conforme citado no início desse artigo, a procura por instituições de recuperação aumento significativamente, seja por intervenção por parte da iniciativa pública e privada. Um exemplo disso é o CAPS da cidade de Jundiaí que teve uma alta de 42% nos atendimentos, isso só em 2019. Apesar de significativo, não foi o único. Sorocaba, cidade exemplo na questão de reformas psiquiátricas. Foram criadas residências terapêuticas vinculadas aos CAPS para auxílio ao tratamento de pessoas com transtornos mentais e encaminhamento de pessoas que sofrem da adicção para comunidades terapêuticas.. Juntamente o Governo do Estado está buscando vagas para apoio ao tratamento da dependência química em hospitais psiquiátricos e CT’s (Comunidades Terapêuticas).
A Importância das CT’s
As comunidades terapêuticas sendo elas fechadas ou abertas, estão aliadas no processo de recuperação de tratamento de pessoas que sofrem da dependência química. Estão simultaneamente compartilhando o mesmo interesse que hospitais psiquiátricos no processo de tratamento. Porém diferentemente desses grandes centros, as CT’s estão distribuídas por todo estado, em diversas cidades. Existem inclusive cidades com um número tão grande de comunidades terapêuticas, que são regionalmente conhecidas simplesmente por esse fato. Araçoiaba da Serra, Sorocaba, Campinas, São Carlos e outras regiões, como região Norte do estado Votuporanga e Araçatuba.
Apesar da grande disponibilidade de unidades de recuperação, não podemos deixar de salientar que o que realmente importa, é o trabalho evolutivo dentro do âmbito do tratamento da dependência química e doença do comportamento adictivo. A assertividade do tratamento é na escolha dos profissionais da saúde, no tratamento medicamentoso e de apoio psicológico, sendo assim é fundamental no processo preparatório antes de se buscar uma instituição.
Autor: Renan Rugolo Ré