Índice
ToggleAo longo de vários anos de estudos a respeito de doenças mentais, a OMS foi preponderante em estipular no ano de 2001 que a dependência química é uma doença mental, sendo assim sanando a dúvida de muitos relacionada do porque a dependência química acontece. Deste modo, o Grupo de Reabilitação disponibiliza essa matéria interessante aos nossos leitores com o intuito de orientar os processos que envolvem essa doença que até pouco tempo era considerada um problema moral.
Entretanto, até chegar esse processo em que foi realmente estipulada como doença, muitos não sabiam ao certo o que fazia com que a pessoa tivesse esse apego substancial com a substância.
O vício poderia ser considerado uma “sem vergonhice” por muitos. Todavia, com a “cracolândia” americana na década de 80 emergindo e tirando pessoas de suas residências e as trazendo para as ruas, era necessário tomar rápidas medidas para conter esse processo migratório químico e conjuntamente entender o que levava uma pessoa a abandonar o lar em prol da substância.
Sendo assim, médicos, psicólogos e pesquisadores começaram a realizar um trabalho conjuntamente com a polícia local de realizar um tratamento para esses indivíduos que estavam nestas condições deploráveis. Além do mais, toda vez que uma zona de “drogas” à ceu aberto se formava outros problemas críticos como a criminalidade, prostituição e doenças como as DST’s emergiam conjuntamente.
Posto isso, ao longo do procedimento de tratamento dessas pessoas e revitalização do local, fornecer os dados para a OMS foi fundamental para juntar as informações necessárias para uma notícia incrível, a que a dependência química é uma doença. Mas se é uma doença, porque a dependência química acontece?
A química do comportamento adictivo
Todo mundo tem uma maneira de lidar com certas situações, sejam elas confortáveis ou desconfortáveis. Para alguns conviver com altos e baixos de maneira natural é simples, para outros é importante esconder certos tipos de sensações e sentimentos em algum tipo de comportamento, tal meio é chamado comportamento adictivo. Como justificativa do porque a dependência química acontece existe a química do comportamento adictivo.
É como se a pessoa escolhesse uma substância onde ela colocasse, de maneira compulsiva e obsessiva conjuntamente com a falta de controle, todas as frustrações, inseguranças e medos. Ou seja, a falta de saber em como lidar com os sentimentos recai sobre a substância psicoativa, independentemente de licitude.
Existem também comportamentos adictivos aliados a outras questões que não envolvem as substancias psicoativas como por exemplo o sexo (ninfomania) e as compras. Entretanto, ambos são prejudiciais um tanto quanto e fomentam um ciclo de problemas, trazendo prejuízos para o indivíduo que podem ser permanentes para o resto da vida.
Normalmente a dependência química aparece silenciosamente. Dentro da química do comportamento adictivo é comum que pessoas ao experimentarem certas substâncias e desenvolverem apego, não se vicie imediatamente. O processo de vício é lento e demora algum tempo.
Entretanto, ao longo de algumas doses vai acontecendo a entrega. A pessoa vai perdendo o controle da vida e entregando na mão da substância. Perdendo as responsabilidades e trocando-as em prol a mentiras e manipulação de outrem de modo a sustentar o vício.
Quando se percebe, em alguns casos já se perdeu saúde, emprego, namorado, família, casa, carro, confiança, amigos, dinheiro, praticamente tudo e o que resta é desespero.
Além do mais, outra questão que deve ser salientada é o aparecimento de outras doenças que podem emergir durante o processo de vínculo com a substância, as chamadas comorbidades.
Porque a dependência química não está sozinha?
Não só devemos perguntar o porquê a dependência química acontece, mas o porquê a dependência química não está sozinha? Se existe dependência química, existe um gatilho emocional que faz com que o dependente sinta algo e tenha o ímpeto de ir até a substância, além do mais dois ciclos podem estar envolvidos nesta questão.
-
Pessoas com comorbidades e que se tornam dependentes
Estes são casos em que os pacientes com algum tipo de transtorno, podem utilizar da substância para saciar processos de ansiedade crônica ou de sentimentos desconexos como nos casos da TAG, TAB e esquizofrenia. -
Pessoas dependentes e que desenvolvem comorbidades
Já neste outro, pessoas que utilizam de drogas há algum tempo, podem ao longo do processo, dependendo de algumas drogas específicas, desenvolver algum tipo de comorbidades como por exemplo:
Uso de muita cocaína pode fazer com que o indivíduo desenvolva TAG e TAB e o uso precoce de maconha pode ativar a esquizofrenia em pacientes que têm predisposição.
Entender o porquê a dependência química não está sozinha é interessante quando a questão é a química do comportamento adictivo e do porquê a dependência química acontece.
Não só de química se faz o tratamento mas de psicoterapia
Apesar de ser um apego na substância, não só de química faz o tratamento mas de psicoterapia também. O tratamento medicamentoso é fundamental para auxiliar pacientes que são dependentes químicos a sanarem processos crônicos de abstinência e ansiedade, entretanto é necessário entender o comportamento de uso, e quem faz essa parte é a psicoterapia e acompanhamento terapêutico.
Além do mais, a psicoterapia compreende algo que nenhum medicamento será capaz de compreender, os gatilhos de uso do paciente adicto em questão. Entender o que dispara a vontade de usar é primordial para entender a dinâmica do comportamento de uso e começar a transformar essa questão. Desta forma, é possível treinar mentalmente o dependente para que se perceba certos gatilhos e que se previna os processos de recaídas
As recaídas na dependência química são difíceis mas fazem parte da recuperação
É difícil ouvir isso, mas é pura realidade. As recaídas na dependência química são difíceis mas fazem parte da recuperação e um dos fatores preponderantes para se entender o porquê a dependência química acontece. Além do mais, é só neste tipo de processo de vivência que o dependente químico pode entender quais são os mecanismos necessários para evitar que reincida no processo de uso.
Entretanto, se ficar difícil de alguma forma é importante salientar que nós do Grupo de Reabilitação estamos disponíveis pro que “der e vier”, seja quando e onde você precisar nós estamos com atendimento sempre que precisar e com unidades em vários estados brasileiros.